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A história de uma injustiça e uma farsa. Um homem sem memória, acusado de uma dezena de crimes – todos na tentativa de encobrir uma das mais cruéis operações policiais militares já ocorridas no Brasil, no início dos anos 1970, pouco antes da repressão à Guerrilha do Araguaia. Uma saga sobre a manipulação humana que resulta em um instigante thriller sobre o poder paralelo e uma dinastia do silêncio que se move nas sombras.
O oitavo livro do jornalista Carlos Alberto Luppi mescla realidade e ficção, numa história de suspense, mistério e segredos que transformam em verdade as maiores mentiras e fazem as pessoas verem o que não se vê e acreditar no inacreditável. Afinal, pode alguém estar em dois lugares ao mesmo tempo e cometer um crime num deles?
Isolado num manicômio, um homem sem nome é considerado morto duas vezes. Por trás de seu sorriso estranho, existe uma história dramática. E o mais inacreditável é que ele, marcado para morrer e ser queimado, é descoberto vivo, envolto em silêncio e com a memória apagada. Mas será ele de fato o homem transformado em bode-expiatório para justificar uma clandestina operação militar de grandes proporções na qual dezenas de inocentes foram assassinados?
Uma fotógrafa está disposta a descobrir a verdade e desvendar o assassinato dos próprios pais. Mas ela terá que enfrentar a Quarta Noite da Lua Cheia, uma ordem secreta por trás de decisões-chave no universo político e empresarial do país. Uma sociedade estranha, cercada de lendas e rituais, e que se autodenomina protetora da democracia e da sociedade. Guardiões dispostos a qualquer coisa para fazer a própria justiça e implantar a própria verdade.
Dinastia das Sombras é um roteiro que se desenvolve ao longo dos últimos 34 anos e envolve fatos verdadeiros que se conectam a dramas recriados sobre a realidade, levando o leitor ao centro de uma história repleta de enigmas, mistérios, dúvidas, perseguições, farsas, surpresas e rituais secretos, cujo desfecho desafia a imaginação.
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Carlos Alberto Luppi é jornalista e roteirista. Vencedor do prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos por duas vezes, e agraciado com o prêmio Jock Elliot por reportagens sobre a infância brasileira (único brasileiro a alcançar tal prêmio).
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Desabafo a Luppi – Grace Farias Azambuja
Nem santos, nem bandidos
Duendes de um País que não existe.
(Luppi)
“Necessário e urgente que estendamos as mãos – não para alcançar esmolas indignas, migalhas que sobraram de nossos banquetes – mas para caminharmos juntos, lado a lado, ombro a ombro, rumo a um País onde não existam mais Duendes e sim jovens saudáveis, cidadãos construtores de seus destinos.
Caro Luppi: meu sonho é que seu livro e este artigo, num futuro muito próximo, fiquem ultrapassados e passem a fazer parte de bibliotecas, onde daqui a vinte anos uma pesquisadora possa constatar, horrorizada, como era desumana a situação de jovens no passado mas, felizmente, como tudo mudou.
Utopia? Dissecando a palavra utopia – U TOPUS, lugar nenhum – ou lugar inatingível, entendemos que se hoje nos parece inatingível, na realidade, o que importa não é o lugar que vamos atingir ou chegar, mas o que é de vital importância é a caminhada, toda a contribuição que dermos em relação a ações efetivas e afetivas, farão parte da construção desta trilha que, por mais que pareça impossível, é imprescindível”.
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No livro Agora e na Hora da Nossa Morte, vários “internos” desabafam, e o próprio autor – Carlos Alberto Luppi – resume no final o que seria a “vingança” dessa molecada rancorosa:
“São Paulo, 18 de novembro de 1979: Moradores da rua das Carpas, no Jardim Prudência, atrás do aeroporto de Congonhas, na capital, fazem um abaixo-assinado. Pretendem que seja erguido um muro bem alto na parte de trás da Clínica de Repouso Congonhas – onde se encontram 250 menores na faixa de cinco a 18 anos, vivendo na mais completa promiscuidade, submetidos a violências físicas, sexuais e morais –`para que não possamos ver a situação deplorável dentro da instituição, com menores se agredindo`. O muro foi erguido, os moradores não vêem mais cenas de violências entre menores. Não vêem mais os inspetores da clínica baterem nos meninos nus, amontoados nos pátios. Não vêem mais os garotos sendo obrigados a tomar injeções paralisantes, as facas que cortam os braços, as curras. Não vêem mais funcionários da clínica obrigarem garotos a comer merda na bacia dos banheiros. Não vêem mais inspetores `pegando` moleques por trás à força. Não vêem mais garotos morrendo, como há algum tempo quando o muro era baixo e todas estas cenas estragavam seu café da manhã. Os moradores agora só ouvem dolorosos gritos vindos dos pátios e do interior da clínica. De dia. De noite. Nas madrugadas. Eles estranham que os garotos gritem durante horas seguidas, `sem que surja alguém para acalmá-los`. Os moradores já estão tão acostumados que quase nem se importam mais em dormir ouvindo os gritos que vêm da clínica.” (…)
“Lá pelas sete horas da noite, na triagem, logo depois do banho, os inspetores…
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Livro – Aracelli: corrupção em sociedade
18 de maio: para não esquecer Aracelli
Gustavo Ferreira
Portal da Cidadania
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Observatório da Imprensa
Diretório Acadêmico
Jornalismo Investigativo
A “arte de contar histórias”
Allan de Abreu
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Olá, gostaria de obter informações sobre o Carlos Alberto Luppi, se é o mesmo jornalista e escritor de Juiz de Fora, cujo primeiro livro, se não me engano, foi sobre o caso Aracelli. Se for a mesma pessoa, ele foi o “responsável” por eu cursar Comunicação, cuja sugestão agradeço até hoje, embora não trabalhe na imprensa.
Teria como obter seu e-mail?
Abs e obrigada, Valéria Frossard.
Sobre o livro Agora e na Hora da Nossa Morte, parece que temos um exemplo daquilo que sempre se manteve em nossa sociedade: fachadas. Tudo não passa de paredes pintadas, panos coloridos e o incômodo escondido. Pode-se pensar em hospitais, escolas, presídios, políticos, prédios públicos,… são cercados de belos jardins, de vidros espelhados ou de muros altos. Escondidos de uma possível revolta diária. Ali, esses incômodos encontram paz e seguem com as injustiças e com as preguiças. Mas eu ainda acredito no processo da erosão. E mais ainda nas grandes catástrofes. Só espero que esse muro não caia apenas sobre os mais fracos… E pra quem ficou em cima do muro, flores.
Valeu.
M. Luppi
Valéria, uma pessoa tão simpática, tão educada e interessante e eu agindo de forma tão contrária: até agora não respondi a tão simples pergunta.
( Às vezes viver parece esquisito demais. Isso porque não cito mais o querido e amado Rosa: “…é perigoso.” Mas estou em recuperação e mais forte! Obrigada e acredite que sou bem humana mesmo, erro muito, falho… nada perfeita, mas tento com muita força e seriedade não ser tão negligente. )
Luppi, (muita pausa…).
Sinto a mesma revolta; machuca muito, mas sempre mais nos que levam a porrada. Dada por todos nós. É muito dolorido também sabermos que damos nossa passiva colaboração. O saudoso e querido Derrida também ecoou o que os bons sempre falaram e falam…
Penso de todas as formas também.
Só penso, também.
Chego à loucura de ir de encontro à Historia e acreditar em outras possíveis soluções menos catastróficas mas, como disse, sei que perdi o senso. Quero mesmo é parar de esperar, mas ainda sou boba e quero ter esperança. Mas ser esperançosa e ao mesmo tempo ralar, agir e traçar estratégias. Até porque a meia-dúzia de donos de tudo, que provoca essa situação (corroborada pelos alienados companheiros de existência), possui armas mais poderosas do que as minhas. E pode assistir a tudo sem assanhar a peruca! (Que coisa que escrevi!)
Mas não dá para disfarçar a erosão. Mania de maquiar que tem esse tal de bicho humano…
”Só espero que esse muro não caia apenas sobre os mais fracos…”
E digo ainda: senão nem vai sair por 15 segundos no telejornal (argh, que nojo).
”E pra quem ficou em cima do muro, flores.
Valeu.”
Falou e disse. Valeu você e muito obrigada!
Na luta! Espero que depois da desconstrução não se erga a mesma coisa, a mesma coisa, a mesma coisa…
oi gente,
aqui é carol, sou filha dele. quem quiser falar com ele o email é
carlosluppi@globo.com.
ele agradece as manifestações!
bjs
Muito obrigada, Carol. Agradecemos muito ao seu pai.
Sumi, mas estou cuidando da saúde. Depois volto!
Ou aos poucos vou voltando…