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Posts Tagged ‘sociology’

Depois da ruína da utopia do trabalho, fracassa também a utopia do tempo livre nesta sociedade que transformou o ócio em consumo acelerado de mercadorias

Robert Kurz

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Outra do blog antigo, com texto enviado pela querida Luanda.

Wednesday, January 29, 2003

1) No seu horário de almoço, sente-se no seu carro estacionado, coloque óculos escuros e aponte um secador de cabelos para os carros que passam. Veja se eles diminuem a velocidade.

2) Insista que o seu e-mail é Xena.Princesa.Guerreira@nomedaempresa.com.br ou Elvis.O.Rei@nomedaempresa.com.br.

3) Sempre que alguém lhe pedir para fazer alguma coisa, pergunte se quer que fritas acompanhem.

4) Encorage seus colegas de sala a fazer uma dança de cadeiras sincronizada com você.

5) Coloque a sua lata de lixo sobre a mesa e escreva, na mesma: “Entre”.

6) Desenvolva um estranho medo de grampeadores.

7) Coloque café descafeinado na máquina de café por três semanas. Quando todos superarem o vício da cafeína, mude para expresso.

8) No canhoto de todos os seus cheques escreva: “Ref. favores sexuais”.

9) Sempre que alguém lhe falar alguma coisa, responda: “isso é o que você pensa”.

10) Termine todas as suas frases com: “de acordo com a profecia”.

11) Ajuste o brilho do monitor para que ilumine toda a sua área de trabalho. Insista com os outros que você gosta desse jeito.

12) Não use pontuações.

13) Sempre que possível, pule em vez de andar.

14) Pergunte às pessoas de que sexo elas são. Ria histericamente depois que elas responderem.

15) Quando estiver em um drive-thru, especifique que o pedido é para viagem.

16) Cante junto na ópera.

17) Vá a um recital de poemas e pergunte por que os poemas não rimam.

18) Descubra onde o seu chefe faz compras e compre exatamente as mesmas roupas. Use-as um dia depois que o seu chefe usá-las. Isso é especialmente efetivo se o seu chefe for do sexo oposto.

19) Mande e-mails para o resto da empresa para dizer o que você está fazendo. Por exemplo: “Se alguém precisar de mim, estarei no banheiro, na cabine #3”.

20) Coloque uma tela de mosquitos ao redor do seu cubículo. Toque um Cd com sons da floresta durante o dia inteiro.

21) Com cinco dias de antecedência, avise aos amigos que você não poderá ir à festa deles porque não está no clima.

22) Ligue para o CVV e não fale nada.

23) Faça seus colegas de trabalho lhe chamarem pelo seu apelido, Duro na Queda.

24) Quando sair dinheiro do caixa eletrônico, grite.

25) Ao sair do zoológico, corra na direção do estacionamento gritando “Salve-se quem puder, eles estão soltos!”.

26) Fale para o seu chefe: “não, são as vozes na minha cabeça”.

27) Na hora do jantar, anuncie para os seus filhos: “Devido à nossa situação econômica, teremos de mandar um de vocês embora”.

28) Todas as vezes que encontrar uma vassoura, grite: “Amor, sua mãe chegou!”. E o último jeito de manter um nível saudável de insanidade…

29) Mande esse e-mail para todos da sua lista de endereços, mesmo que eles tenham mandado para você ou tenham pedido para você não mandar e-mails como esse.

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Biblioteca Digital da Fundação Perseu Abramo

São 43 livros de graça para download.

Carta Maior

Em comemoração aos 10 anos da Editora Fundação Perseu Abramo, lançamos a Biblioteca Digital da Fundação Perseu Abramo.

São 43 livros do nosso catálogo disponíveis na íntegra para download gratuito. A iniciativa, inédita em termos quantitativos, busca aumentar o alcance de nossas publicações e incentivar a circulação e o debate de idéias.

Para tanto, selecionamos títulos os mais diversos, de autores que vão de Celso Furtado e Mário Pedrosa a Mark Twain, passando por nomes importantes do pensamento contemporâneo, como Aloysio Biondi, Maria da Conceição Tavares, Paul Singer, Maria Victoria de Mesquita Benevides e Maria Rita Khel, entre outros.

Reflexões sobre o socialismo e sua história, o que inclui a trajetória do Partido dos Trabalhadores e outros movimentos sociais, além de visões críticas e aprofundadas do Brasil atual, estão entre os temas mais abordados nos livros. Mas há também espaço para estudos sobre manifestações culturais que vêm definindo a cara do novo século, casos do hip-hop e o software livre.

Os livros poderão ser baixados no portal da Fundação Perseu Abramo (www.fpabramo.org.br) a partir do dia 19/9.

A maior parte das obras disponibilizadas na Biblioteca Digital permanece sob a licença de Copyright, com direitos reservados à Editora Fundação Perseu Abramo e a seus autores. Nestes casos, é proibida a reprodução das obras no todo ou em parte; a citação é permitida e deve ser textual, com indicação da fonte. Existem algumas obras da Biblioteca Digital que estão sob a licença Creative Commons. Isso é indicado na página de download de cada obra.

Daniel Benevides

55 11 8354-5647 – imprensa@fpabramo.org.br

Editora Fundação Perseu Abramo
Rua Francisco Cruz, 234
São Paulo – SP
04117 – 091

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Sou leitora e fã do site Agência Carta Maior, da Revista Carta Capital (tenho coleção, pode?), entre outras fontes de informação, e graças, são muitas. Gosto também das críticas do André Lux (jornalista e crítico-spam), na Carta Maior, Arte & Cultura e do seu blog Tudo em Cima. Creio que ele age como melhor lhe convém e muitas vezes tenho uma boa diversão e conhecimento.

Li por lá:

Ego Inflado, outra vez… Mais críticas publicadas

“Críticas minhas aos filmes “O Que Você Faria?” e “Diários de Motocicleta” foram publicadas no site NovaE (A Corporatocracia em Ação) e na Agência Carta Maior (Humanizando o Mito), respectivamente.
Para quem não sabe, não recebo nada por esse trabalho, faço-o voluntariamente, por pura ideologia e prazer.
Imagina só um daqueles neoliberais de direita cheio de goma no cabelo, terninho e gravata lendo isso. No mínimo vai ter um colapso nervoso: “Como assim, faz por ideologia? Não ganha nada para trabalhar?? Isso não é possí….ARRRRRRRRGHH!”.”

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Imagina se eles convivessem mais comigo (o que não fazemos questão). Trabalho tem um conceito sagrado, para mim. Assim como respeito o ócio. Ócio é ócio e não aceito o ócio criativo, perdoe-me. Minha cabeça não pára, o tempo todo crio, tenho idéias e teorias, hum… Não uso o termo trabalho para essa idiotice que está por aí. O horror… Como disse, quem mandou começar cedo e entender o mercado antes do tempo (?).

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Sou fã de Mike Bonnano e Andy Bichlbaum, que em 1999, depois de satirizarem malevolamente a OMC no endereço www.gatt.org, foram surpreendidos por convites para conferências e debates sobre o comércio mundial, da parte de redes de tevê e instituições internacionais que não haviam percebido a impostura. Não perderam a oportunidade. Como porta-vozes da OMC, foram a uma conferência sobre comércio internacional, munidos de títulos de doutor, maletas pretas, ternos caros, apresentações em PowerPoint (vixi) e duas inquebrantáveis caras-de-pau.

Eles explicaram as vantagens da escravidão, ou melhor, do “modelo de trabalho baseado em mão-de-obra involuntariamente importada”. Propuseram a aplicação das leis do mercado à democracia por meio de um sistema internacional de compra e venda de votos alegadamente estudado nos EUA, que permitiria a grandes corporações arrematarem o resultado de eleições nacionais. Terminaram por demonstrar, a representantes da indústria têxtil, um traje dourado, dotado de monitor e pênis inflável, com o qual o executivo monitoraria relatórios sobre o Terceiro Mundo em suas horas de lazer e castigaria empregados com choques elétricos do “pênis” de 90 centímetros. A audiência aceitou tudo sem pestanejar e os organizadores elogiaram calorosamente a intervenção.

Apresentações semelhantes foram gravadas em vários países. Jornalistas econômicos, altos funcionários, executivos e economistas caíram como patinhos. Só uma vez houve resistência: em uma faculdade australiana, (graças…, digo eu) estudantes se levantaram em protesto ante a proposta do ReBurger, um hambúrguer para países pobres feito a partir de excrementos de consumidores de países ricos, reciclados até dez vezes. O resultado foi o documentário The Yes Men, lançado em 2003.

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Não parou por aí. Durante a campanha eleitoral dos EUA, apresentaram-se como cabos eleitorais de Bush, pedindo aos eleitores que subscrevessem petições em prol do aquecimento global e documentos nos quais, supostamente, abriam mão de seus direitos civis.

Em novembro de 2004, os embusteiros, por fim, foram apanhados com a boca na botija. No 20º aniversário da tragédia de Bhopal, apresentaram-se na BBC como porta-vozes da Dow, admitiram a responsabilidade da empresa e prometeram uma indenização de US$ 12 bilhões. Duas horas depois, a emissora pediu desculpas aos telespectadores: a empresa desmentira tudo. Era nobre e sensato demais para parecer verdade.

(Partes retiradas de: Uma Pegadinha para Economistas
Como a tropa de choque da globalização neoliberal caiu em uma
armadilha montada por dois gozadores – Carta Capital
Por Antonio Luiz M. C. Costa)

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Além de todo o conteúdo, também li em seu blog:
O Que Você Faria?
A Corporatocracia em Ação

“Quem já possui uma visão crítica acerca da atuação das transnacionais e do auto-destrutivo modelo neoliberal certamente vai se deleitar com a abordagem ácida e demolidora dessa obra.

– por André Lux, jornalista e crítico-spam

CartaCapital, a única revista semanal imprensa que ainda pratica jornalismo sério no Brasil, publicou na edição 452 uma reportagem sobre os absurdos que as empresas cometem contra candidatos a uma nova vaga de trabalho, muitas vezes submetendo-os a situações, no mínimo, humilhantes.

Depois de ler essa reportagem e tomar consciência desse fato, o filme “O Que Você Faria?” não parece assim tão absurdo. Embora algumas situações retratadas na obra sejam realmente exageradas (como o sexo no banheiro e as agressões físicas) e os personagens beirem o estereótipo, não existe ali compromisso com a realidade, mas sim com a construção de uma metáfora à loucura que tomou conta hoje do meio empresarial, especialmente das grandes corporações, onde a busca pelo lucro a qualquer preço e a exploração da mão de obra virou obsessão, com raríssimas e nobres exceções.

A verdade é que vivemos hoje numa ditadura do mercado, que alguns chamam ironicamente de “corporatocracia”, na qual a ordem mundial é dominada por meia dúzia de mega-empresas transnacionais que pairam acima de governos e estados democráticos, restando à grande maioria dos cidadãos alugarem suas forças de trabalho a elas em troca da sobrevivência diária. Acima de tudo isso, grupos de acionistas sem rosto e dirigentes absolutamente subservientes a eles dominam com mão de ferro esse sistema que, nas palavras do lingüista e ativista político Noam Chomsky, é o mais totalitário que existe – já que as ordens vêm de cima sem qualquer discussão, sobrando aos que estão abaixo a única opção de segui-las à risca sem questionamento.” Mais no blog…

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Não iria asssitir ao filme em questão. Mas aplaudo e muito o trabalho.

Sou meio seletiva, o que não tem relação alguma com o filme, e já vi (e li) muitas coisas. Que se repetem por aí. Os tais produtos culturais. Mas tenho muito a ler, aprender e ver. Que bom!

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Mais de 700 vítimas do Césio 137 ainda não receberam indenização

O Acidente

“No dia 13 de setembro, catadores de sucata e de papel encontraram uma cápsula de Césio 137 de um aparelho de radioterapia num terreno onde antes funcionava a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.

Em seguida, a cápsula foi levada para um ferro-velho e aberta com golpes de marreta. Resíduos foram distribuídos entre os catadores e levados para suas casas, gerando vários focos de contaminação.

Dados extra-oficiais revelam que, pelo menos, 10 pessoas morreram em contato direto. Mas centenas desenvolveram, e continuam desenvolvendo, várias doenças crônicas por conta da aproximação com o material radioativo.” Mais…

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Ato em memória de vítimas…

“Estima-se que as 19 gramas de césio 137 contidas naquela fonte fizeram mais de 60 vítimas e contaminaram mais de seis mil pessoas, segundo dados da Avicésio. Os afetados sofrem com problemas como câncer, defeitos genéticos, seqüelas psicológicas e preconceito. A tragédia ainda deixou como herança mais de 20 toneladas de lixo radioativo. O Greenpeace e a SOS Mata Atlântica, entidades promotoras do ato em São Paulo, afirmam que o 20º aniversário da tragédia de Goiânia serve como um momento de reflexão para a sociedade brasileira.” Leia aqui.

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Biodireito-Medicina

FOCAR – Fórum Permanente de Prevenção e Controle de Acidentes Radiológicos e Nucleares
V Fórum Social Mundial

Leia aqui.

“O acidente radiológico de Goiânia não caiu no esquecimento; através da AVC – 137 e agora do FOCAR ele voltou a ser tema nacional e internacional potencializado pela repercussão que provocou no V FSM, pelos discursos em torno do projeto nuclear brasileiro, que tem na tragédia de Goiânia, prova cabal das nefastas conseqüências de acidentes radioativos; e pela importância que a questão nuclear assumiu em Davos Suíça, e em todas as dimensões que envolvem os problemas ambientais que ameaçam o planeta.”

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ps.jpgKiva.org, described by founder Premal Shah as an “eBay for microfinance,” has been operating for two years but saw traffic surge after Bangladeshi economist Muhammad Yunus won the Nobel Peace Prize last year as the founder of Grameen Bank.

“Overnight the volume of the traffic to our site pretty much doubled,” Shah said of the Nobel Prize’s impact, noting recent publicity and a mention in Bill Clinton’s new book “Giving” prompted another surge in interest that has left Kiva seeking more borrowers to take all the available money.

Reuters

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……………………resultado da miséria absoluta

Todas essas mortes poderiam ser evitadas.

Não queremos o seu dinheiro.

Queremos a sua voz.

Junte-se à Chamada Global para Ação contra a Pobreza
Aliança pela Igualdade

NÃO FIQUE INDIFERENTE DIANTE DA POBREZA. A ERRADICAÇÃO DA POBREZA DEPENDE DA PARTICIPAÇÃO DE TODOS NÓS. MOBILIZAR É A PALAVRA.

TUDO O QUE É POSSÍVEL PARA O MAL ACONTECER É QUE OS BONS NÃO FAÇAM NADA.

Saiba mais sobre racismo

Campanha da Educação

Global Call to Action against Poverty

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A história de uma injustiça e uma farsa. Um homem sem memória, acusado de uma dezena de crimes – todos na tentativa de encobrir uma das mais cruéis operações policiais militares já ocorridas no Brasil, no início dos anos 1970, pouco antes da repressão à Guerrilha do Araguaia. Uma saga sobre a manipulação humana que resulta em um instigante thriller sobre o poder paralelo e uma dinastia do silêncio que se move nas sombras.

O oitavo livro do jornalista Carlos Alberto Luppi mescla realidade e ficção, numa história de suspense, mistério e segredos que transformam em verdade as maiores mentiras e fazem as pessoas verem o que não se vê e acreditar no inacreditável. Afinal, pode alguém estar em dois lugares ao mesmo tempo e cometer um crime num deles?

Isolado num manicômio, um homem sem nome é considerado morto duas vezes. Por trás de seu sorriso estranho, existe uma história dramática. E o mais inacreditável é que ele, marcado para morrer e ser queimado, é descoberto vivo, envolto em silêncio e com a memória apagada. Mas será ele de fato o homem transformado em bode-expiatório para justificar uma clandestina operação militar de grandes proporções na qual dezenas de inocentes foram assassinados?

Uma fotógrafa está disposta a descobrir a verdade e desvendar o assassinato dos próprios pais. Mas ela terá que enfrentar a Quarta Noite da Lua Cheia, uma ordem secreta por trás de decisões-chave no universo político e empresarial do país. Uma sociedade estranha, cercada de lendas e rituais, e que se autodenomina protetora da democracia e da sociedade. Guardiões dispostos a qualquer coisa para fazer a própria justiça e implantar a própria verdade.

Dinastia das Sombras é um roteiro que se desenvolve ao longo dos últimos 34 anos e envolve fatos verdadeiros que se conectam a dramas recriados sobre a realidade, levando o leitor ao centro de uma história repleta de enigmas, mistérios, dúvidas, perseguições, farsas, surpresas e rituais secretos, cujo desfecho desafia a imaginação.

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Carlos Alberto Luppi
é jornalista e roteirista. Vencedor do prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos por duas vezes, e agraciado com o prêmio Jock Elliot por reportagens sobre a infância brasileira (único brasileiro a alcançar tal prêmio).

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Desabafo a Luppi – Grace Farias Azambuja

Nem santos, nem bandidos
Duendes de um País que não existe.
(Luppi)

“Necessário e urgente que estendamos as mãos – não para alcançar esmolas indignas, migalhas que sobraram de nossos banquetes – mas para caminharmos juntos, lado a lado, ombro a ombro, rumo a um País onde não existam mais Duendes e sim jovens saudáveis, cidadãos construtores de seus destinos.

Caro Luppi: meu sonho é que seu livro e este artigo, num futuro muito próximo, fiquem ultrapassados e passem a fazer parte de bibliotecas, onde daqui a vinte anos uma pesquisadora possa constatar, horrorizada, como era desumana a situação de jovens no passado mas, felizmente, como tudo mudou.

Utopia? Dissecando a palavra utopia – U TOPUS, lugar nenhum – ou lugar inatingível, entendemos que se hoje nos parece inatingível, na realidade, o que importa não é o lugar que vamos atingir ou chegar, mas o que é de vital importância é a caminhada, toda a contribuição que dermos em relação a ações efetivas e afetivas, farão parte da construção desta trilha que, por mais que pareça impossível, é imprescindível”.

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Cronópios

No livro Agora e na Hora da Nossa Morte, vários “internos” desabafam, e o próprio autor – Carlos Alberto Luppi – resume no final o que seria a “vingança” dessa molecada rancorosa:

“São Paulo, 18 de novembro de 1979: Moradores da rua das Carpas, no Jardim Prudência, atrás do aeroporto de Congonhas, na capital, fazem um abaixo-assinado. Pretendem que seja erguido um muro bem alto na parte de trás da Clínica de Repouso Congonhas – onde se encontram 250 menores na faixa de cinco a 18 anos, vivendo na mais completa promiscuidade, submetidos a violências físicas, sexuais e morais –`para que não possamos ver a situação deplorável dentro da instituição, com menores se agredindo`. O muro foi erguido, os moradores não vêem mais cenas de violências entre menores. Não vêem mais os inspetores da clínica baterem nos meninos nus, amontoados nos pátios. Não vêem mais os garotos sendo obrigados a tomar injeções paralisantes, as facas que cortam os braços, as curras. Não vêem mais funcionários da clínica obrigarem garotos a comer merda na bacia dos banheiros. Não vêem mais inspetores `pegando` moleques por trás à força. Não vêem mais garotos morrendo, como há algum tempo quando o muro era baixo e todas estas cenas estragavam seu café da manhã. Os moradores agora só ouvem dolorosos gritos vindos dos pátios e do interior da clínica. De dia. De noite. Nas madrugadas. Eles estranham que os garotos gritem durante horas seguidas, `sem que surja alguém para acalmá-los`. Os moradores já estão tão acostumados que quase nem se importam mais em dormir ouvindo os gritos que vêm da clínica.” (…)

“Lá pelas sete horas da noite, na triagem, logo depois do banho, os inspetores…

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Livro – Aracelli: corrupção em sociedade

18 de maio: para não esquecer Aracelli
Gustavo Ferreira
Portal da Cidadania

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Observatório da Imprensa
Diretório Acadêmico
Jornalismo Investigativo
A “arte de contar histórias”
Allan de Abreu

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mas não largo meu carro”

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É assim que vejo os preocupados ambientalistas de ocasião, cheios de iniciativas e discursos sobre reciclar, reutilizar, transformar (quase tudo sempre em obra de “arte”), consumir lixeiras de plástico coloridas. Mas as atitudes mais impactantes somem de suas iniciativas.

Impressiona-me até pessoas que se espremeram em transportes coletivos cheios e escassos, além de ultrapassados, que ao adquirir um carro esquecem imediatamente o que já passaram. E nada de procurar melhorar o transporte público. O que prevalece é o individualismo, um trânsito caótico e poluição. Por aqui, quanto mais espaço para carrão importado e menos para corredor de ônibus, melhor. Não se quer desvalorizar seu imóvel. Metrô em bairros “nobres” não pode ser de superfície também e o resultado é morte e um grande buraco. E um vazio na vida de quem depende do transporte de massa.

Os ambientalistas de ocasião vão dizer o que sempre disseram: o transporte coletivo não é de boa qualidade. Sim, ouço isso há anos mas nunca ouvi, ou vi, qualquer iniciativa para melhorar essa realidade.

A cansada classe média sabe que pode reclamar, ao contrário do povo que não tem voz. A única presença do Estado na vida dos excluídos, autorizada pela sociedade, é a da polícia. Sobre isso é bom assistir à “Notícias de uma Guerra Particular” e no embalo à “Dom Hélder Câmara – O Santo Rebelde“, grande camarada.

É a mesma situação que observo na educação, onde pais diferenciados pelas suas condições sociais não dão a menor bola à luta dos professores. Não se incomodam com greves, pelo menos não tomam qualquer atitude, já que a situação perdura e o ensino se deteriora.

Adoro estudar, aprender sempre. Quanto mais cursos, mais conhecimento, melhor para mim. Vou entrar mais uma vez na vida acadêmica, numa universidade pública, e espero não lutar sozinha, como me sinto agora. Se queremos um mundo melhor, a hora é agora. Somos revolucionários preguiçosos? É só para ficar esperneando? E a questão da saúde? E a política? Temos de deixar que comandem nossas vidas e só enxergar nossos umbigos? Cito Chomsky (por que não?):

“responsabilidade é algo que cresce através do privilégio, pessoas como eu e você têm um montante incrível de privilégios e então temos uma responsabilidade também enorme. Vivemos em sociedades livres em que não tememos a polícia, temos uma riqueza disponível extraordinária pelos padrões globais. Se você possui também essas coisas, tem também o tipo de responsabilidade que alguém que passa 70 horas por semana trabalhando para botar comida na mesa não tem –a resposabilidade de pelo menos se informar sobre o poder. Além disso, esta é uma questão de saber se você acredita em certezas morais ou não.”

Vou falar mais sobre carros, a relação das pessoas com eles e como a sociedade se reflete no trânsito. E para os mais curiosos, apesar de já ter tido carro (por um pequeno, muito pequeno espaço de tempo), digo que não gosto de dirigir, quanto mais de possuir tal máquina. Mas como disse, vou escrever muito mais em breve.

Aguardem…

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