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Tony de Marco & Wim Wenders
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Wenders inclui “cidade limpa” em seu novo filme
Fotos de Tony de Marco mostram São Paulo sem outdoors em longa do alemão
Imagens digitais foram publicadas em revistas estrangeiras, que falam
de SP como cenário de
um experimento visual
inédito
Silas Martí
Colaboração para a Folha
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Quando a Lei Cidade Limpa varreu a publicidade do horizonte paulistano, o artista plástico Tony de Marco enxergou nos esqueletos que sustentavam os outdoors uma moldura para a beleza estranha de uma cidade que mudava de cara.
A série de 58 fotografias que fez com uma câmera digital de bolso, enquanto as placas gigantes saíam de cena, rendeu a de Marco um convite da produção do próximo filme de Wim Wenders -“The Palermo Shooting” (o tiroteio de Palermo), que contará a história de um fotógrafo em crise existencial e começa a ser rodado na Alemanha e na Itália no fim desta semana.
Cerca de 30 fotos de São Paulo devem aparecer em uma das cenas do novo filme do veterano cineasta alemão, contou o artista à Folha.
São registros feitos com pouco apuro técnico, mas que traduzem o gigantismo de SP: estruturas metálicas enormes se erguem contra um céu azul. Por coincidência, o resultado lembra o minimalismo de Wenders, que fez de seu cinema uma análise do gigantismo e dos vazios da América.
“Eu fotografei as maiores placas para todo mundo entender o tamanho da encrenca. Isso era um inferno visual”, diz o artista, ao apontar a cidade da janela de seu apartamento na zona sul.
Ele lembra que antes tudo era um mar de luz. “Eu tinha que fechar a janela para ver televisão à noite, de tanto que os refletores incomodavam.”
O registro desse incômodo foi postado pelo artista no site Flickr em abril. Três meses depois, a revista britânica “Creative Review” estampou na capa a foto do esqueleto de um outdoor. As imagens saíram também na revista do jornal “The Independent” e na italiana “Viaggio” e vão ilustrar, no ano que vem, o calendário da ONG antipublicidade Adbusters. Hoje, um mural na sala do artista exibe notas de agradecimento das revistas que publicaram as fotos.
As reportagens falam de São Paulo como cenário de um experimento mundial inédito: a “cidade nua”, a “metrópole que disse não à publicidade” e “a capital que emerge limpa da sombra dos outdoors”.
De Marco reconhece que o trabalho não tem nada de excepcional. Foram imagens feitas ao acaso, enquanto a transformação tomava conta da cidade. “Qualquer um poderia ter feito. Pensei que todos os artistas em São Paulo estariam fazendo a mesma coisa, mas não estavam.” O único cuidado do artista foi escolher um céu azul, limpo, e eliminar ruídos -fotografando só as marcas deixadas para trás pelas letras removidas. Não por acaso, o texto do “Independent” diz que as fotos ilustram o som de uma metrópole que deixou de gritar com seus próprios habitantes.
Feira das Vaidades
Posted in art, blog, cool, ego, Espanha, linguistics, Luanda, musée, philosophy, photos, psychology, sociology, thinkers, tagged art, blog, cool, ego, Espanha, linguistics, Luanda, musée, philosophy, photos, psychology, sociology, thinkers on August 30, 2007| Leave a Comment »
Sul da Espanha
Esta foto é da Luanda. Ser do mundo. Que pisa em todos os solos e permite que todos os cantos sintam sua suavidade. Com a família ao lado. Quanta saudade.
Leio o máximo que posso (se bem que já é lazer) e mesmo assim dedico alguma atenção ao que as pessoas “deslumbradas” escrevem. Elas costumam reclamar muito, principalmente de miguxos, miguxas e afins. Não me importo, apesar
de não aderir a tal forma de expressão, que tem seu público.
Será lingüística? Conheço pessoas de todas as idades (que bom) e penso que a palavra de ordem tem de ser tolerância. Sobrinhos, parentes, amigos… utilizam o que está disponível neste mercadão de expressões. Não me incomoda e o melhor, consigo entender tudo. Como dizem os lingüistas (os bons), nada de preconceitos.
É uma forma de expressão. O que é aceito por (bons) professores também.
Diversão maior tenho com as deslumbrações, mesmo dos que não têm idade para tanto e carregam (ou deveriam) uma bagagem cultural bem privilegiada, diferenciada. Mas tudo é sempre novo para quem o vê pela primeira vez.
E quanto às reclamações desses com os miguxos e seus estilos, reclamo então de tanto “eu amo e adoro”. Esse amor, essa adoração não se destina a pessoas, seres
e sim a papéis, tintas, tijolos, madeiras e uma infinidade de coisas inanimadas. Um tal de “eu adoro isso tudo!”
Será carência ou falta de vocábulos? Ou de contatos, abraços? Melhor nem saber. Pode ser o famoso “quem tem, é”. Eu quero é dar boas risasdas. A diversão é saber que elas quase sempre se expressam na terceira pessoa. Ui, ui… Isso é mais grave! Ou não.
E promovem ainda a destruição de muita “coisa” já pronta e boa em prol de “obras de arte” que não sabemos se durarão, se servem para alguma coisa. É o fim. Mas preciso exercitar a paciência (a ciência da paz) e deixar de reclamações. Já que não estou cansada.
Sou fã do Lavoisier, mesmo ao brincar: tudo se copia; sei que é bom criar novas formas, modos de uso, reciclar, transformar… E olha que conheço o seu escritório. Lindo!
“Muito embora as palavras continuem a ser as mesmas, as noções de separação, de ausência, de distância, de retorno, já não contêm as mesmas realidades. Para a compreensão do mundo de hoje, usamos uma linguagem criada para o mundo de ontem. E afigura-se-nos que a vida do passado parece corresponder melhor à nossa natureza pela única razão de corresponder melhor à nossa linguagem”.